RIPE Labs – Implicações da pandemia no trafégo da Internet

A RIPE Labs publicou recentemente um artigo: “The Lockdown Effect – Implications of the COVID-19 Pandemic on Internet Traffic” (O Efeito Lockdown – Implicações da pandemia COVID-19 no trafégo da Internet). O artigo sumariza uma investigação sobre o efeito dos lockdowns em vários aspectos do tráfego da Internet em várias localizações.

O estudo é baseado na análise de tráfego de um provedor europeu, três IXP (Internet Exchange Points) e uma rede educacional espanhola. Deste estudo se obtêm 3 pontos chaves:

  • Aumento de tráfego de 15-20% dentro de uma semana após o bloqueio.
  • Os padrões de tráfego nos dias úteis começam a parecer-se mais com os finais de semana.
  • Grande crescimento no tráfego de conferência, vídeo e jogos.

Achei interessante por ter uma paixão pela visualização de dados complexos e os autores fizeram um trabalho excelente. Mas também por me pôr a pensar por que não temos estatísticas do género para o nosso país (Angola) e qual seria o esforço para que tal acontecesse. Nem me refiro a dados detalhados a nível da aplicação mas estou certo que os nossos provedores e IXPs têm dados agregados como o volume de tráfego (diário/horário/dia de semana), picos de throughput, segmento residencial vs. corporativo, variações de volume de vendas e mais.

 

Se o sumário não for suficiente, pode ler o estudo completo com detalhes sobre a metodologia utilizada, o dataset e uma análise mais detalhada sobre diferentes tipos de tráfego.


The Lockdown Effect – Implications of the COVID-19 Pandemic on Internet Traffic
https://labs.ripe.net/Members/oliver_gasser/the-lockdown-effect-implications-of-the-covid-19-pandemic-on-internet-traffic

The Lockdown Effect:
Implications of the COVID-19 Pandemic on Internet Traffic
https://arxiv.org/pdf/1801.05168.pdf

 

Bancos de capturas wireshark

O estudo de capturas de pacotes (packet captures) é dos melhores métodos para se aprender o funcionamento de protocolos em cada uma das 7 camadas de rede. Não interessa se foram feitas no wireshark, tshark, tcpdump ou qualquer outro programa.

Graças ao trabalho de muito boa gente não precisamos nós próprios de criar as condições e fazer estas capturas. Há vários “bancos de capturas” disponíveis para podermos desfrutar:

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Tech Talk – Conhecimentos que valem partilhar

Se acompanha este blog há algum tempo já deve ter dado conta que suporto as pequenas iniciativas de partilha de conhecimento (meetups). Embora “pequenos” este tipo de eventos geram sempre consequências de grande impacto a longo prazo.

Uma destas iniciativas é o Tech Talk, organizado por grandes kambas angolanos espalhados pelo mundo. Com o slogan “Conhecimentos que valem partilhar”, já vai na sessao #16 com uma variedade de tópicos incluindo cloud, DevOps, e-commerce, bases de dados… O único requisito é que esteja ligado á tecnologia.

Tech Talk – Conhecimentos que valem partilhar

Luanda, AO
36 tech talker

Apaixonados por tecnologia de todos os cantos do país! Este é um grupo de entusiastas de tecnologia que se reúne virtualmente para uma conversa amigável sobre conceitos, práti…

Check out this Meetup Group →

Todas as sessões e conteúdo associado estão disponíveis no github incluíndo a sessão #3 onde tive a oportunidade de falar sobre o meu bot twitter, @Covid19AO_Stats.

Junte-se, participe e apresente… especialmente meus amigos do networking, este tópico está pouco representado 🙂

 


Tech Talk – Meetup
https://www.meetup.com/tech-talk-angola/

Tech Talk github
https://github.com/NewtonCosta/tech-talk

Tech Talk. Download das sessões
https://github.com/NewtonCosta/tech-talk/blob/master/dowload/Download.md

 

 

CDNs funcionam mesmo?

Nota: os dados para este artigo foram recolhidos em 2017 e 2018. Embora alguns possam não ser actuais, os princípios se mantêm.

Em artigos anteriores, toquei brevemente nas vantagens de se utilizar uma CDN (Content Delivery Network) para servir conteúdo aos utilizadores. Embora saiba disso, nada melhor do que pôr a mão na massa, experimentar e comparar os detalhes antes e depois da activação. Vamos a isso!

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“Pragmatic Unicode”

Semanas atrás enquanto trabalhava no bot @Covid19AO_Stats bati-me com um problema relacionado com a forma como o Python processa texto.

O que me ajudou a perceber foi a apresentação abaixo.

https://nedbatchelder.com/text/unipain.html

Esta apresentação, por Ned Batchelder, foi a melhor até agora encontrei explicando os conceitos e a relação entre ASCII, Unicode, UTF-8, a necessidade de ambos e o processo de codificação, decodificação e representação de strings. Embora esteja virado para o Python, estou certo que seja útil para outras linguagens também.

Se ler não lhe agrada muito, a apresentação também está disponível no Youtube.

SetBit: Video-aulas Made In Angola III

Agrada-me bastante ver especialistas angolanos a partilhar conhecimento. Seja para aprendizagem própria, auto-promoção, ganhar dinheiro… não interessa. Mas sou apologista de que devemos passar rapidamente de consumidores a produtores.

Neste terceiro post do que já posso chamar uma série, apresento-vos o canal no Youtube SetBit – Serviços & Formação com uma série de vídeos de alta qualidade apresentando conhecimentos básicos e fundamentais em teoria de redes. Já são 8 vídeos com um progresso lógico e tem sinais de não parar tão cedo. O vídeo mais recente é o terceiro numa série sobre endereçamento IP.

Os videos são apresentados por Jeremias Miguel, um jovem angolano com vários anos de experiência em consultoria e formação de redes, e que já tive o grande prazer de conhecer.

Não tenham medo! Partilhem o pouco que sabem vocês também.


SetBit – Serviços & Formação – Youtube

Fiz um twitter bot

Já há algum tempo tenho estado a aprender Python, uma linguagem de programação fácil de aprender e a preferida para os engenheiros de redes dando os primeiros passos em automação. Vou lendo uns livros, uns videozitos no youtube, criando uns programas burros. Mas o bom mesmo é criar um projecto, por mais pequeno que seja, e fazê-lo até ao fim. Como projecto, decidi fazer um bot.

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CCIEs angolanos: quantos são?

Enquanto escrevia o último post reparei que já lá vão os tempos em que um bebé de 2 anos conseguia contar os CCIEs da banda.

Jeriel Atienza e André Malungo foram durante muito tempo os únicos CCIEs angolanos, mas hoje os números são bem diferentes.

Não pretendo fazer disto uma versão angolana da página CCIE Hall of Fame mas segue a lista actual dos CCIEs angolanos que pude apurar e confirmar:

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